fonte: https://www.geni.com/people/Branca-Mendes/6000000033236986119?through=6000000031778893115
Branca Mendes, segundo diversos autos de genere existentes no Arquivo da Cúria Metropolitana de São Paulo, adiante mencionados, seria cristã nova, batizada já adulta na pia da igreja católica da vila de São Vicente, por ter vindo pagã de sua terra de Portugal, já casada. Informação essa que não sigo, pois deve ter se casado na vila de São Vicente, como se virá adiante, e muito provavelmente, já veio batizada de Portugal.
Em uma denúncia120 na Mesa da Primeira Visitação do Santo Ofício às Partes do Brasil, as “Denunciações de Pernambuco”, em 22 de novembro de 1593, Bárbara Castelão, ou Castelana, como foi nomeada, fez uma denúncia contra Branca Mendes, mulher de seu pai Diogo Gonçalves Castelão. Bárbara se apresentou como cristã-velha, natural da capitania de São Vicente, filha natural de Diogo Gonçalves Castelão, que foi ouvidor da dita capitania de São Vicente, já defunto, e de Mônica Viegas, de 43 anos de idade, pouco mais ou menos. Era casada com Filipe de Aguiar, que não sabia se era cristão-novo ou cristãovelho, mestre da capela da matriz da vila de Olinda. Declarou que, sendo menina de alguns 4 ou 5 anos, ou seja, cerca de 1554-1555, casou o dito seu pai na dita capitania de São Vicente com Branca Mendes, cristã-nova, em cujo poder ela denunciante esteve até a idade de dezessete anos, em que ela denunciante casou com o dito seu marido, e no dito espaço de tempo de quatro ou cinco para dezessete anos, ou seja, de 1554-1567, na vila de São Vicente, que ela esteve em poder da dita sua madrasta Branca Mendes lhe viu fazer as seguintes práticas judaicas, as mais antigas registradas em nossa documentação:
TRIBULAÇÕES DO POVO DE ISRAEL NA SÃO PAULO COLONIAL
MARCELO MEIRA AMARAL BOGACIOVAS